4 min • 13/09/2019
Você sabia que o índice de mortes autoinfligidas aumentou 60% nos últimos 45 anos? Só no ano passado foram 800 mil suicídios, contra 470 mil homicídios segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que a cada 40 segundos, uma pessoa terminou sua própria vida. O suicídio tem se tornado uma epidemia.
O suicídio está entre as três maiores causas de morte de pessoas entre 15 e 35 anos. Em 2016, aconteceu um suicídio a cada 46 minutos apenas no Brasil. O suicídio tem se tornado uma epidemia, principalmente entre jovens.
O que muitos não sabem é que a grande maioria dos casos de suicídio então atrelados a transtornos psiquiátricos também de acordo com a OMS. Confira no gráfico a seguir como os transtornos estão presente nos casos de suicídio que ocorreram em 2018:
Os 3,1% restantes não significam ausência de doença mental, mas a falta de um diagnóstico adequado. Já 0,3%, correspondem a distúrbios psicóticos. Por isso, uma das principais estratégias de prevenção ao suicídio é o tratamento psicológico adequado – junto a redução do acesso a métodos suicidas e manejo adequado da informação sobre o tema nos órgãos de difusão de massa.
Colocar-se no lugar do outro é importante
A regra de ouro é ser empático. Ser empático é diferente de ser simpático. Para ajudar alguém que sofre de depressão ou qualquer outra doença mental, primeiro a pessoa precisa olhar para as doenças mentais como doenças.
Parece óbvio, mas ainda somos muito preconceituosos com as doenças mentais. Quando alguém ouve do médico que seus exames não deram nada – “O que o que ele tem é da cabeça!” – o que a pessoa compreende é que ela não tem nada e se é da cabeça ela pode controlar. Contudo, as doenças mentais causam até sofrimento físico.
Qualquer pessoa que escute atentamente uma queixa de alguém em sofrimento e que se mostre realmente interessado em ajudar já estará ajudando. Caso você conheça alguém que esteja passando por um momento difícil, oriente a pessoa em sofrimento psíquico a procurar ajuda especializada e se a pessoa demonstrar resistência, se ofereça para o acompanhar até a consulta.
Como lidar com o transtorno psicológico?
Algumas patologias trazem muito sofrimento para a família, pois o doente pode ser agressivo, apresentar falas e comportamentos sem nexo ou ter pensamentos delirantes de desconfiança por exemplo.
Em casos de pacientes muito impulsivos e com comportamentos destrutivos a família precisará participar ativamente do tratamento deste paciente acompanhando-o nas consultas e tirando suas dúvidas com os profissionais que assistem ao paciente.
Em alguns casos é necessário que alguém de confiança fique responsável por administrar a medicação psiquiátrica evitando que o paciente pare de tomar a medicação ou tente o suicídio por ingestão medicamentosa em excesso. A família e os amigos precisarão ter paciência e buscar orientação de como agir, mas é por meio do apoio que o suicídio pode ser evitado.
Aproveite para saber mais sobre o assunto lendo o artigo “É possível prevenir um suicídio?“.